Aneurismas periféricos


*Poplítea:
-São os mais frequentes, com prevalência no sexo masculino em torno dos 65anos.
-50-70% são bilaterais, 40-50% tem Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA) e 40% tem aneurisma de femoral.
-Origem aterosclerótica.

-Complicações mais frequentes: isquêmicas, trombóticas, embólicas.
-Quando um paciente sem história prévia de claudicação e sem fonte de êmbolos conhecida apresentar quadro de Oclusão Arterial Aguda com desaparecimento de pulso poplíteo e distais é obrigatório pensar em aneurisma de poplítea.
-Diagnosticado AAA é mandatório pesquisar aneurisma de poplítea, assim como quando diagnosticado de um lado deve pesquisar o contralateral.
-Duples Scan é o melhor método para acompanhamento. A arteriografia não faz diagnóstico, pois não visualiza adequadamente tamanho e coágulos intra-saculares.
-Tratamento: nos casos de sintomas isquêmicos todos os aneurismas devem ser operados. Os assintomáticos com menos de 2cm de diâmetro e sem trombo o tratamento é expectante.

- Cirurgia preferida: exclusão do aneurisma com bypass, nos fusifrmes a via preferencial é a medial. Nos fusiformes de pequena extensão, saculares verdadeiros ou falsos a via posterior é a melhor.
 * Femoral comum
-Dos aneurismas anastomóticos e pós-cateterismo é o mais frequente.
-Os ateroscleróticos podem ser de 2 tipos: 1-acomete apenas a femoral comum, 2-engloba a bifurcação.  Associados a outros aneurismas em 69% dos casos. Cerca de 70% está associado a AAA.

-Complicação mais comum: isquêmica.
-Arteriografia não avalia tamanho e presença de coagulo, usada apenas para estudar situação das artérias distais.
- Cirurgia para todos sintomáticos e que apresentam complicações. Nos assintomáticos com mais de 2,5cm de diâmetro.
-Cirurgia: no Tipo 1- interposição de PTFE, no tipo 2 – colocar uma prótese da femoral comum para a superficial e implantar com anastomose termino-lateral na prótese a femoral profunda. 

*Femoral profunda
-Geralmente pós-trauma e são pseudoaneurismas. 

-Complicação mais frequente: ruptura.
-Cirurgia: ligadura quando rotos e femoral superficial pérvia. Ligadura do aneurisma e bypass na oclusão da femoral superficial. Contudo o melhor é a ressecção do aneurisma e restauração do fluxo.

*Femoral superficial
-Complicação mais comum: ruptura

- A aterosclerose é causa rara. 70% com aneurismas em outros locais, 40% AAA. 
- Cirurgia para todos com complicações e para os assintomáticos com 2,5cm ou mais de diâmetro.

 *Ilíaca
-Mais em homens, em torno de 69anos.

-Aneurismas isolados dessas artérias são raros.

-Causa mais comum: aterosclerose   

-Na ilíaca externa é extremamente raro.
- O mais difícil de ser diagnosticado é o de ilíaca interna. Pode ocorrer sintomas urinários (compressão ureteral, ruptura para bexiga), retais, neurológicos ou venosos.

-Grande risco de ruptura por isso a ressecção é sempre indicada.
-Cirurgia na ilíaca comum interposição de prótese, com leito do aneurisma aberto. Cirúrgico quando maior que 2,8cm de diâmetro. Na ilíaca interna unilateral – endoaneurismorrafia, quando bilateral – sempre revascularizar ao menos um lado.

-Artéria isquiática- é uma persistência da artéria axial do embrião. 2 tipos: a completa - artéria continua até se comunicar com a poplítea e incompleta – a artéria termina na coxa e o sistema femoral é o dominante. a hipótese diagnóstica é aventada na palpação de pulso poplíteo e ausência de pulso femoral. O aneurisma se exterioriza como um tumor na região glútea. Quando esta artéria é a principal fonte de suprimento arterial para o membro é necessário após a exclusão bypass fêmoro ou isqueo-poplíteo. Quando não for o principal suprimento – endoaneurismorrafia ou embolização. 

*Subclávia
-Acometimento da 1ºporção – causa mais comum é a degenerativa. Na 2º e 3º porção causa mais comum é a Síndrome do Desfiladeiro Torácico.

*Axilar
-Causa mais frequente: trauma.

-Para abordagem- retração medial do peitoral maior. Preferência por veia na restauração.

 *Ulnar
-Os aneurismas verdadeiros são mais raros. Os traumáticos são os mais comuns.

-O mais comum é o associado à Síndrome do martelo hipotênar- porção mais distal, logo após o canal de Guyon formado pelo psiforme e ligamento transverso do carpo.  O trauma se dá com o osso hamato ou ganchoso.

-Sempre cirúrgico pelo risco de embolização para as artérias digitais.

 *Radial
Causa mais comum: trauma, lesão iatrogênica. Pseudoaneurismas em adultos é frequente por punção e cateterização da artéria.

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